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quinta-feira, 31 de março de 2011

Quais foram os anúncios mais politicamente incorretos da história?



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           Desde propaganda de cocaína e de armas para crianças até gente vendendo escravos, muitos anúncios lutam pelo título de mais politicamente incorreto da história. São todos tão bizarros que nenhuma revista ou jornal hoje se atreveria a publicá-los. "A ideia do que é politicamente incorreto muda com o tempo. Essas propagandas são um reflexo dos costumes da época, e o que hoje parece absurdo antes não era nada de mais", explica o professor José Roberto Whitaker Penteado, da Escola Superior de Propaganda e Marketing, de São Paulo. Não à toa, a maioria dos anunciantes modernos não teria nem coragem de fazer anúncios assim. Afinal, não são loucos de ofender os consumidores e, além de perder um montão de dinheiro por causa disso, correr o risco de parar na cadeia!

O absurdo à venda
Se a propaganda é a alma do negócio, veja como ela também já foi um baita espírito de porco!

VEM CÁ COM O PAPAI

Falta de noção - Venda de armas para crianças
Onde - EUA
Quando - 1957

E dá-lhe munição em mais um anúncio da terra do Tio Sam, onde, para um menino ser macho, era preciso carregar um trabuco. Isso sem falar no duplo sentido para lá de "suspeito" da frase "para alguma coisa extra... leve um garoto para caçar". Sei não...

NÃO É BRINQUEDO, NÃO

Falta de noção - Venda de armas para crianças
Onde - EUA
Quando - 1972

Família feliz é uma família com espingardas na mão? Bom, só se for de serial killers! Mesmo sendo de chumbinho, é muita falta de noção anunciar armas como presente para a criançada. Imagine uma dessas nas mãos da Maísa: o Silvio Santos estaria fulminado!

A PRIMEIRA FAZ TCHAU...

Falta de noção - Navalha na mão de criança
Onde - EUA
Quando - 1900

Na época, o produto até era inovador - uma lâmina mais segura, que faz a barba sem ferir a pele e evita acidentes. Mas de quem foi a ideia bizarra de enfatizar isso com um bebê segurando a gilete? Se o cara trabalhasse numa agência do Roberto Justus, certamente estaria... demitido!

DOUTOR CÂNCER

Falta de noção - Médico fazendo propaganda de cigarro
Onde - EUA
Quando - 1930

Para dar a impressão de que seus cigarros eram saudáveis, esta marca colocou um médico dizendo que eles faziam menos mal. Segundo o anúncio, mais de 20 mil especialistas compartilhavam da mesma opinião. Bom, ou eles eram muito ingênuos ou uns baita mentirosos...

O MAIOR BAFÃO

Falta de noção - Incentivar o fumo passivo
Onde - EUA
Quando - 1970

Quer conquistar a gata? Fácil: "Solte uma baforada na cara dela e ela vai segui-lo por toda parte". É, no mínimo, birutice vender o mix de machismo e intoxicação como receita para seduzir alguém, né?

FUMA AÍ, MAMÃE

Falta de noção - Bebê em propaganda de cigarro
Onde - EUA
Quando - 1950

Já esta marca não só escalou um bebezinho para a propaganda como ainda o fez falar: "Antes de me dar uma bronca, mamãe... talvez seja melhor você acender um Marlboro". Ou seja, além de apanhar, o bebê ainda iria ganhar umas baforadas na cara antes...

PREVENÇÃO ASSASSINA

Falta de noção - Dizer que cigarro previne doenças
Onde - EUA
Quando - 1945

Anúncios do fumacê eram mestres na arte do absurdo. Este aqui, do figura com cara de psicopata, dizia que o cigarro da marca causava menos irritação. Nesse caso, a "prevenção" já valeria pela cura. Então tá...

ENFISEMA ESPORTE CLUBE

Falta de noção - Atleta dizendo que cigarro é bom
Onde - EUA
Quando - 1935

Se há duas coisas que não combinam, são cigarro e esporte. Não para os publicitários de antigamente. Nesta publicidade, um patinador campeão olímpico garantia que os cigarros aliviavam o cansaço. Isso é que é escorregão!

TAMPA À PROVA DE "BURRAS"

Falta de noção - Machismo e violência contra a mulher
Onde - EUA
Quando - 1953

Na metade do século passado, este anúncio de ketchup pisou na bola feio ao dizer que a nova embalagem do produto era tão fácil de abrir que "até uma mulher conseguiria". Bom, sem comentários, né?

ME ESPANCA QUE EU GOSTO

Falta de noção - Machismo e violência contra a mulher
Onde - EUA
Quando - Décadas de 1950 e 1970

Segundo esta marca de café, se uma esposa não preparasse a bebida com o seu produto, supostamente o melhor, o marido teria todo o direito de lhe dar umas porradas... Outros anúncios, como estes de calças e de sapatos, defendiam que o homem deveria manter a mulher "onde ela pertence", ou seja: no chão, como capacho...

MELHOR QUE UMA MULHER

Falta de noção - Machismo
Onde - EUA
Quando - 1961

Quando este produto chegou ao mercado, ninguém reclamou da propaganda, que dizia com todas as letras: "Nosso Chef faz tudo, menos cozinhar - mas é para isso que servem as esposas!" Imagine o "sucesso" que o eletrodoméstico faria entre as donas-de-casa hoje...

VENDE-SE GENTE

Falta de noção - Anúncio de escravos
Onde - Brasil
Quando - 1821

Nos jornais do Brasil já foi possível encontrar pessoas à venda no meio de classificados de casas e carroças. No anúncio do Diário do Rio, o proprietário descrevia até os "dotes" do escravo. Em outro jornal da época, oferecia-se recompensa para quem capturasse uma escrava fugida. Esse barbarismo acabou com a assinatura da Lei Áurea, em 1888

BALINHA BIZARRA

Falta de noção - Pastilha de cocaína para crianças
Onde - EUA
Quando - 1885

Quando ainda não se sabia sobre o mal que a droga podia causar, essas pastilhas de cocaína eram vendidas para tratar dor de dente, sendo especialmente indicadas para crianças! Para completar, os fabricantes ainda diziam que o remédio deixava a galera "com um humor melhor"...

REMEDINHO DE ARTISTA

Falta de noção - Pastilhas para a garganta com cocaína
Onde - França
Quando - 1900

Para ficar com o gogó turbinado, este anúncio recomendava o uso de pastilhas com cocaína para cantores, artistas, professores e oradores. Além de melhorar a garganta, os drops "mágicos" também prometiam dar uma animada nos usuários. Não diga...

CHEIRO DE COISA MALUCA

Falta de noção - Propaganda de lança-perfume
Onde - Brasil
Quando - 1900

O cartaz apelava para a sofisticação e o erotismo na hora de mandar o recado: lança-perfume era a alegria de qualquer festa. Ficava todo mundo meio leso, mas ninguém estava nem aí. Bom, isso até o "perfuminho" ser proibido no Brasil, em 1961

O PAPA É PORRE

Falta de noção - Vinho com adição de cocaína
Onde - França
Quando - Década de 1870

Além de uva e álcool, esse vinho trazia na fórmula alguns graminhas de... folhas de coca! Os anunciantes juravam que, além de gostoso, era um bom fortificante. O garoto-propaganda do cartaz é Leão XIII, papa entre 1878 e 1903 e um fã do vinho francês

Feitos para chocar
Alguns anúncios são controversos por querer, como forma de levantar a discussão acerca de temas polêmicos

A marca de roupas Benetton já mandou ver na polêmica como forma de vender seu peixe. Em 1992, horrorizou muita gente com uma campanha que trazia a foto de um homem com aids no hospital, doença que, na época, ainda era tabu. Feito pela fotógrafa Therese Frare, o retrato lembra a tela religiosa Piettá, de Michelangelo. Depois, foi a vez de o fotógrafo Oliviero Toscani produzir uma série de fotos polêmicas para a marca: tem coisas como um padre e uma freira se beijando e até dois cavalos pegos no flagra. É dele também a foto de uma modelo em grau avançado de anorexia usada num anúncio. Feito para a marca de roupas Nolita em 2007, causou polêmica e acendeu a discussão sobre o tema da anorexia entre modelos.

terça-feira, 29 de março de 2011

Qual foi o primeiro reality show da história?



       Foi An American Family ("Uma Família Americana"), produzido pela rede de TV americana PBS e exibido em 1973. O público acompanhou o dia-a-dia de um casal da Califórnia e seus cinco filhos em 12 episódios. Ao contrário dos programas atuais, o "bisavô" do Big Brother não distribuiu prêmios milionários para os participantes, mas exibiu momentos que ficaram marcados na história da TV americana. Num episódio, a mãe da família pediu divórcio ao marido. Em outros capítulos, Lance Loud, um dos filhos – que não escondeu sua homossexualidade – chegou a usar batom e roupas femininas. O pioneirismo do programa causou impacto no público e na crítica e inspirou produções semelhantes em outros países. Em 1974 foi feito na Inglaterra um reality show chamado The Family ("A Família"). An American Family também inspirou, décadas depois, o programa da MTV The Real World, de 1991, exibido no Brasil com o nome Na Real. Ele foi um tremendo sucesso ao mostrar o cotidiano de jovens desconhecidos morando num mesmo apartamento. Mas nada se compara ao sucesso da fórmula do Big Brother, desenvolvido pela produtora holandesa Endemol e hoje exibido em 17 países. No Brasil o programa ruma para a nona edição e continua despertando a curiosidade do público. "Ele fascina porque oferece uma chance de participação, através do voto, no destino real dos competidores. É como uma gincana em que cada telespectador se liga a todos os outros e aos participantes em uma rede. O sentir-se conectado responde em grande medida pelo fascínio gerado pelo gênero", afirma a antropóloga Esther Hamburger, da Universidade de São Paulo (USP).

Para todos os gostos

O gênero fez tanto sucesso na TV que gerou inúmeras versões
Participantes ilustres
Não são mais apenas desconhecidos que aparecem nos programas. Personalidades "lado B" fizeram sucesso em Casa dos Artistas e a família do roqueiro Ozzy Osbourne estrelou The Osbournes
Salve-se quem puder
Programas como Survivor e a versão nacional dele, No Limite, colocam um grupo de pessoas nos lugares mais inóspitos do mundo, fazendo os participantes lutarem entre si e contra a natureza
Uma nota, maestro
Os reality shows também selecionam "astros" da música entre jovens talentosos, que são vistos tendo aulas de canto, dança e interpretação. É o que propõem Fama e American Idol
Por amor
Em programas como Amor a Bordo, o desafio é iniciar um romance. Em The Bachelorette, o segredo é arrumar um marido. E ainda há A Ilha da Sedução, em que a tarefa é ser fiel e evitar tentações

sábado, 26 de março de 2011

Quais foram as ações solidárias mais impressionantes após tragédias naturais?


UMA MÃO LAVA A OUTRA 
Tragédia - Enchentes em Santa Catarina (2008) 
Ação - Envio de alimento para vítimas 
Enchentes violentas deixaram mais de 100 mortos e milhares de famílias catarinenses desabrigadas. A situAção - foi tão feia que até o morador de rua Édson Ferreira Araújo se comoveu e entrou para o grupo que separava alimentos e montava cestas básicas para as vítimas de Itajaí 

MUITO SANGUE BOM 
Tragédia - Enchentes na região serrana do Rio de Janeiro (2011) 
Ação - DoAção - de sangue em massa 
Como a maioria dos bancos de sangue do Brasil, o Hemorio está acostumado a pedir doações. Após os deslizamentos nas serras fluminenses, porém, houve recorde de doadores voluntários: em um só dia, 790 bolsas de sangue foram coletadas – a média diária é de 300 

PEGANDO CARONA 
Tragédia - Erupção do vulcão islandês Eyjafjallajökull (2010) 
Ação - CriAção - de site para ajudar quem foi prejudicado 
As cinzas do vulcão islandês se espalharam pela Europa e cancelaram centenas de voos, ilhando muita gente. Foi aí que dois estudantes suecos criaram o blog volcanohelp.eu para ajudar pessoas a encontrar carona e estadia rumo ao seu destino 

PEDALA, INGLESINHO! 
Tragédia - Terremoto no Haiti (2010) 
Ação - ArrecadAção - de dinheiro via internet 
Entre iniciativas de celebridades e governos para ajudar os haitianos, a de um garoto inglês de 7 anos se destacou. Charlie Simpson saiu de bike com os amigos para arrecadar dinheiro e criou uma página no site de pequenas doações justgiving.com. A arrecadAção - superou 560 mil reais! 

BOA AÇÃO (para os ouvidos também) 
Tragédia - Furacão Katrina, nos EUA (2005) 
Ação - ArrecadAção - de dinheiro na escola 
Estudantes de McSherrystown, EUA, descolaram 3 500 dólares para as vítimas do Katrina de um jeito bem simples: o irritante hit "MMMBop", da banda Hanson, tocava o dia todo na escola até as doações atingirem a meta. Para isso, cada aluno deveria doar 5 dólares 

FALA QUE EU TRADUZO 
Tragédia - Tsunami asiático (2004) 
Ação - Tradução para médicos e vítimas 
Com apenas 11 anos, Phanjohn O’Neill passava férias na Tailândia e encarou as consequências do tsunami de frente. O garoto, parte inglês, parte tailandês, ficou quatro dias em um hospital traduzindo o que os pacientes ocidentais falavam para os médicos locais e vice-versa 

MÃOS À OBRA! 
Tragédia - Furacão Katrina, nos EUA (2005) 
Ação - Construção de casa para uma desabrigada 
A estudante Kristin Brandt, de 17 anos, convocou 20 colegas para construir uma casa e enviar para uma senhora de 80 anos, no Mississipi. A construção viajou quase 2 mil quilômetros, da Pensilvânia até o sul dos EUA. Desde a arrecadAção - de dinheiro até a entrega da casa foram 16 meses de trabalho 

BABY DOC 
Tragédia - Tsunami asiático (2004) 
Ação - Documentário sobre a catástrofe 
O indiano Nakul Goel, de 14 anos, resolveu filmar as cenas da devastAção - para mostrar ao máximo de pessoas que conseguisse. O documentário Fúria da Natureza, de 20 minutos, foi exibido em cinemas de toda a Índia para arrecadar fundos para as vítimas 

• Outro exemplo da Tragédia - de SC: uma administradora de São Paulo emprestou a casa em Blumenau para vizinhos em áreas de risco 

• A instituição do rapper haitiano Wycleaf Jean arrecadou, via Twitter, 1 milhão de dólares em um dia. Foram 200 mil doações de 5 dólares 

• A americana Barbara Barr, de 89 anos, costurou 200 ursinhos de tecido para enviar a crianças asiáticas afetadas pelo tsunami 

• Um grupo de 60 estudantes de Chicago passou uma semana reformando casas destruídas pelo Katrina na cidade de Bay St. Louis

quinta-feira, 24 de março de 2011

Até quanto vai a escala Richter?


          Pode até soar assustador, mas, matematicamente, ela não tem limite. Na prática, o maior terremoto registrado aconteceu no Chile, em 1960, e chegou a 9,5 graus nessa medição. O abalo foi provocado pelo contato entre placas tectônicas ao longo de 965 km da costa chilena, mas como essa zona de atrito poderia ser maior, os graus podem subir indefinidamente. “Medimos sismos há pouco tempo (desde 1900) para estabelecer esse valor máximo”, afirma Afonso Vasconcelos, professor de geofísica da USP. Em 1998, cientistas detectaram um terremoto no Sol com magnitude equivalente a 11,3 graus. Na Terra, um sismo dessas proporções chacoalharia o chão 90 vezes mais do que no tremor chileno.

MEDIDAS DRÁSTICAS

Conheça outras escalas usadas para medir fenômenos (e seus estragos)
SEGURA A ONDA
ESCALA Beaufort 
CRIAÇÃO 1805
Mede a velocidade de ventos em terra firme, mas foi feita para ajudar navegantes. Quando o mar parece um espelho, registra-se o nível mais baixo. Já no estágio máximo, o 12, as ondas têm mais de 14 m e a visibilidade é nula por causa da espuma e dos borrifos d’água. No nível 9, que você confere na figura, os ventos ficam entre 76 e 87km/h

CALADA NOITE PRETA
ESCALA de Bortle 
CRIAÇÃO 2001
Mede a escuridão da noite e a visibilidade das estrelas. Começa pelo paraíso dos observadores: céu bem escuro e só a luminosidade natural da atmosfera. No último nível (9), fica a cidade grande, com poucos astros visíveis. Aqui, retratamos o nível 5: mesmo com alguma claridade, dá para ver a Via Láctea no horizonte

INSÍPIDA, INODORA... E SÓ
ESCALA Forel-Ule 
CRIAÇÃO 1889
Esta serve para classificar a cor da água, indicando sua qualidade e os materiais dissolvidos nela. A medição é feita pela comparação do líquido testado com pequenos vidros de água colorida, que variam do azul ao marrom, passando por tons de verde e amarelo. Entre as 21 cores usadas, um mar azul como este entra no patamar 6

DE GRÃO EM GRÃO
ESCALA de Wentworth 
CRIAÇÃO 1922
Existe medição até para tamanho de partículas. A tabela vai de grãos que medem no máximo 4 micrômetros (argila) até os que passam de ínfimos 256 milímetros (matacão). A areia, por exemplo, fica no nível 3, entre 60 micrômetros e 2 mm

É O ARMAGEDOM
ESCALA de Turim 
CRIAÇÃO 1999
Categoriza o risco de colisão entre um asteroide (ou cometa) e a Terra. Impactos muito
improváveis são indicados pela cor branca. No extremo oposto está o vermelho, só para 
desastres certos, que ameaçariam o futuro da civilização. Mas fique tranquilo: uma catástrofe dessas acontece só uma vez a cada 100 mil anos 

E O VENTO LEVOU
ESCALA de Fujita 
CRIAÇÃO 1971
Avalia os estragos de um tornado. Vai do F0, com ventos que não passam de 117 km/h, ao F5, com intensidade suficiente para levantar carros e destruir prédios. Como o tamanho não determina a intensidade, é possível que um tornado F3 (como este da ilustra) seja pequeno e potente, chegando a arrancar árvores do chão

ABALOU BANGU
ESCALA de Mercalli 
CRIAÇÃO 1902
Também ligada aos terremotos, ela quantifica o estrago causado pelo tremor. Enquanto a Richter é mais científica, esta guia-se pela mera observação. Vai do sismo que nem é sentido (nível I) à destruição total (nível XII). O tremor de 7 graus que atingiu o Haiti, em janeiro do ano passado, ultrapassou o nível X. Nesta ilustração, você confere o nível VII

PERIGO RADIOATIVO
ESCALA Internacional de Eventos Nucleares
CRIAÇÃO 1990
Defi ne a gravidade de uma catástrofe nuclear, na própria usina ou durante o transporte ou utilização da radiação. O primeiro grau classifica um pequeno contato com o material atômico. Já o pior nível, o 7, equivale ao desastre de Chernobyl, na ex-URSS, que expôs 8,4 milhões de pessoas à radiação só na principal região afetada, em 1986
Com 2,7% de chance de bater na Terra, o asteróide Apophis chegou ao nível amarelo da tabela, patamar mais alto já registrado

FONTES ONU (Organização das Nações Unidas), Nasa (Agência Espacial Americana), ESA (Agência Espacial Europeia), USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos), Departamento de Engenharia de Minas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), revista Sky and Telescope

quarta-feira, 23 de março de 2011

Como funciona uma usina nuclear?



           Dá para simplificar o sistema assim: o coração dessas usinas, o reator nuclear, usa a energia contida no interior do átomo para, simplesmente, ferver água. Daí para a frente, tudo funciona como em uma usina a vapor qualquer, movida a carvão ou petróleo: o vapor d’água gira uma turbina, que movimenta um gerador, produzindo energia elétrica. A primeira usina nuclear do mundo foi inaugurada em 1954, em Obininsk, na antiga União Soviética. Hoje, esse tipo de tecnologia fornece 17% da energia elétrica do mundo. Uma vantagem das usinas é que podem ser construídas em qualquer lugar – não dependem, por exemplo, de um rio, como as hidrelétricas. Além disso, o combustível que move as usinas nucleares – em geral, o urânio – é abundante e bastam alguns quilos para gerar uma energia equivalente à queima de um prédio de cinco andares cheio de gasolina. A principal desvantagem são os diversos tipos de resíduos e materiais radioativos que elas produzem. Esse chamado "lixo nuclear" precisa ser armazenado cuidadosamente, pois oferece riscos de contaminação durante centenas de anos. Outro problema são os acidentes. Os casos mais conhecidos são os das usinas de Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979, e de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. "O tipo de reator usado no Brasil, nas usinas Angra I e Angra II, é o mais seguro de todos. Nunca se registrou nenhum acidente com ele", diz o engenheiro José Itacy Nunes, da Eletronuclear, empresa s

Proteção total

Quatro tipos de barreiras evitam que a usina contamine o ambiente
Edifício do reator
Em forma de cúpula, é feito de concreto reforçado para resistir a colisões e ataques
Parede de aço
Tem três centímetros de espessura e impede que materiais radioativos escapem em caso de acidente
Vaso de pressão
É a primeira embalagem de segurança para proteger o núcleo do reator. O de Angra II tem paredes de aço de 25 centímetros de espessura
Blindagem radiobiológica
Essa parede de concreto e chumbo, com 1,5 metro de espessura, barra os raios gama e os nêutrons que eventualmente possam vazar.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Qual foi o filme mais visto em um único dia?



        Homem Aranha 3 é o recordista de arrecadação no dia de estréia. Só nos cinemas americanos, faturou 59,8 milhões de dólares em um único dia. Mas o mais impressionante é que, no ranking de maiores arrecadações diárias, o terceiro lugar - depois de Piratas do Caribe: O Baú da Morte, com 55,8 milhões de dólares - também é de Homem Aranha 3! No dia seguinte à estréia, o último filme do aracnídeo faturou 51,3 milhões de dólares e, de quebra, bateu mais um recorde: chegar à casa dos 100 milhões de dólares em menos tempo. Tá certo que esse foi o filme mais caro da história - 258 milhões de dólares gastos na produção -, mas, ainda assim, a Sony Pictures ganhou muito dinheiro com ele. No total, as 13 mil salas de cinema que exibiram as aventuras de Peter Parker pelo mundo arrecadaram 890,5 milhões de dólares. Isso só nos cinemas, porque a Sony ainda está faturando ou ainda vai faturar bem com DVD, venda para a televisão e lincenciamento de produtos.

A teia do Aranha

De onde vieram os 890,5 milhões de dólares de Homem Aranha 3?
Arrecadação nos EUA (4 252 salas) - US$ 336,5 milhões + Arrecadação no resto do mundo (cerca de 9 mil salas) - US$ 554 milhões = Arrecadação total (no mundo) US$ 890,5 milhões
Arrecadação no primeiro fim de semana (no mundo) - US$ 381,6 milhões + Arrecadação no Brasil (cerca de 840 salas) - US$ 24,2 milhões = Tempo em cartaz nos cinemas americanos 112 dias

quinta-feira, 17 de março de 2011

Qual a origem da expressão "pagar mico"?


             Ela vem do baralho infantil Jogo do Mico, fabricado no Brasil desde a década de 1950. No jogo, as cartas têm figuras de animais e o jogador tem que formar pares com o macho e a fêmea de cada espécie. Mas, no baralho, o mico não tem par. Quem termina com a carta na mão perde - ou seja, paga o mico. Mas cuidado para não levar gato por lebre e confundir mico com pato. O "pagar o pato" vem da obra Facetiae, do italiano Giovanni Bracciolini, de 1450. O texto fala de um camponês que vendia patos. Uma mulher queria negociar o preço da ave com encontros entre ela e o vendedor. Mas eles foram surpreendidos pelo marido, que, sem saber dos acordos, pagou - literalmente - o pato.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Como funcionam os repelentes de insetos?


         De maneiras diversas, porém ainda não totalmente explicadas pela ciência. Embora a eficácia de produtos como o DEET (sigla em inglês para o composto N,N-dietil-meta-toluamida) e o óleo de citronela seja comprovada, não há consenso na comunidade científica sobre por que os insetos evitam áreas em que essas substâncias são aplicadas. A seguir você conhece as principais armas para espantar mosquitos, baratas e outros causadores de incômodos para os seres humanos.

Fim da picada


Um arsenal de produtos naturais e industrializados para combater mosquitos e outros insetos

REPELE NA PELE
O principal composto químico presente nos repelentes industriais foi descoberto em 1946 por agricultores, nos EUA. Desde então, já pintaram várias teorias para explicar o funcionamento do produto. A verdade, porém, é muito simples: os insetos se afastam do DEET porque ele... bem, ele fede muito!

NA LATA
Inseticidas para uso doméstico têm como princípio ativo as piretrinas. Elas agem no sistema nervoso dos insetos, causando uma contração descontrolada dos neurônios e paralisando o bicho todinho. Geralmente são diluídas em água e usadas em sprays ou em aparelhos elétricos para plugar na tomada

IN NATURA
Os óleos essenciais de plantas como citronela, eucalipto e muitas outras são uma boa receita de repelente - embora o DEET seja, pelo menos, mil vezes mais forte contra os insetos. E também não adianta plantar mudinhas em volta da casa, porque a quantidade de essência exalada não espanta inseto nenhum

VITAMINADAS
Embora ingerir vitaminas do complexo B altere a secreção da pele humana, nunca foi comprovado que isso afugente insetos. Cebola, alho e álcool também mudam as secreções, mas não chegam a incomodar os bichos. Além disso, laboratórios que produzem essas vitaminas não recomendam seu uso como repelente

OLHA A ONDA
Repelentes ultrassônicos podem ser plugados em tomadas ou acionados por aplicativos de computador e celular. Ruídos não audíveis por humanos imitam um mosquito macho procurando uma parceira. Como só fêmeas grávidas picam alguém - para acumular sangue -, elas fugiriam do som por já estar grávidas