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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Há quantas moedas paralelas no Brasil?


        Além do real, existem outras 51 moedas em circulação no país. Com nomes tão incomuns quanto tupi, guará e palma, elas são emitidas por uma rede de bancos comunitários (cada um tem a sua) e só valem na área de atuação da instituição, em geral um município pequeno, um assentamento de trabalhadores rurais, um bairro carente ou uma favela. "A função da moeda paralela é gerar riqueza na comunidade, estimulando a população a comprar localmente", afirma João Joaquim de Melo Neto Segundo - ele é o coordenador do Banco Palmas, de Fortaleza (CE), o primeiro a lançar um dinheiro desse tipo no país. "Os comerciantes dão até descontos nas compras com a moeda, como forma de atrair freguesia", diz. O volume em circulação dessas cédulas, encontradas hoje em nove estados, é estimado em 500 mil reais. Essa bufunfa tem três características básicas: é indexada ao real, com paridade de um para um; é lastreada (a quantidade em circulação tem um valor correspondente depositado no banco); e permite o câmbio, ou seja, a pessoa pode trocá-la por real na instituição emissora. A impressão das cédulas de quase todos os bancos é feita numa gráfica de Fortaleza, que trabalha com vários elementos de segurança.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O horário eleitoral é gratuito mesmo?


         Não, não é. Os partidos políticos não pagam nada pelo espaço cedido pelos meios de comunicação, mas não pense que as emissoras arcam com todo o prejuízo. “De acordo com a lei, 80% do valor que a empresa iria receber, caso o espaço publicitário fosse vendido, pode ser deduzido do Imposto de Renda dela”, explica Walter de Almeida Guilherme, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. É como se o governo pagasse boa parte dessas despesas. “Os 20% restantes seriam uma contribuição das emissoras para a democracia. Como são concessões do governo, as emissoras têm obrigações perante o poder público”, diz Alexandre Rollo, advogado especialista em direito eleitoral.

PATROCÍNIO INVOLUNTÁRIO


Saiba de onde vem o dinheiro que paga o horário eleitoral

CIDADÃO
De tudo o que você compra, vende ou recebe, uma parte do dinheiro vai para a Receita Federal em forma de imposto. Esse dinheiro passa a fazer parte dos cofres públicos, ou seja, é a grana que o governo usa para administrar o país – para investir na saúde ou na educação, por exemplo.

> O cidadão também pode ajudar o seu político favorito, doando diretamente ao candidato ou fazendo um depósito para o comitê do partido.

EMISSORA
Elas cedem uma hora e quarenta minutos aos partidos políticos, além das inserções no meio da programação. O tempo que cada um tem no ar depende do tamanho das coligações, e a ordem de exibição de suas propagandas é definida por sorteio.

RECEITA FEDERAL
Em época de eleição, as emissoras podem pedir isenção fiscal pelo espaço cedido ao horário eleitoral. Neste ano, a Receita Federal estima que 851 milhões de reais deixarão de ser pagos pelos meios de comunicação. E, para cobrir os gastos, o dinheiro público entra em cena.

HORÁRIO ELEITORAL
Sua novela foi substituída pelos galãs da política nacional. E, se você odeia propaganda eleitoral, melhor começar a prestigiar o que está financiando. Afinal, é o seu dinheiro que vai ajudar os partidos a produzir os programas e a pagar pelo espaço de exibição.

FUNDO PARTIDÁRIO
Os partidos também recebem assistência do Fundo Partidário, que usa a grana dos cofres públicos. É como se cada eleitor contribuísse com 35 centavos. Segundo o TSE, a doação deste ano será de cerca de 160 milhões de reais. O valor será dividido de acordo com o tamanho de cada partido.

FONTES www.tse.gov.br, www.tre.sp.gov.br, www.receita.fazenda.gov.br, Walter de Almeida Guilherme, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo; Eliana Passarelli, assessora do TRE de São Paulo; Rodolfo Machado Moura, diretor de assuntos legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Como se formam os raios?


     
     Para que surjam raios, é necessário que, além das gotas de chuva, as nuvens de tempestade tenham em seu interior três ingredientes: cristais de gelo, água quase congelada e granizo. Tais elementos se formam na faixa entre 2 e 10 quilômetros de altitude, onde a temperatura fica entre 0 ºC e -50 ºC. Com o ar revolto no interior da nuvem, esses elementos são lançados pra lá e pra cá, chocando-se uns contra os outros. Com isso, acabam trocando de carga entre si: alguns vão ficando cada vez mais positivos, e outros, mais negativos. Os mais pesados, como o granizo e as gotas de chuva, tendem a ficar negativos.
          Por causa da gravidade, o granizo e as gotas de chuva se acumulam na parte de baixo, que vai concentrando carga negativa. Mais leves, os cristais de gelo e a água quase congelada são levados por correntes de ar para cima, deixando o topo mais positivo. Começa a se formar um campo elétrico, como se a nuvem fosse uma grande pilha. Essa dupla polaridade da nuvem é reforçada ainda por dois fenômenos físicos externos a ela. Acima, na região da ionosfera, os raios solares interagem com moléculas de ar, formando mais íons negativos. No solo, por outro lado, diversos fatores contribuem para que a superfície fique eletricamente positiva. Essa polarização da nuvem cria um campo elétrico descomunal: se as redes de alta tensão têm cerca de 10 mil W (watts) de potência, no céu nublado a coisa chega a 1 000 GW (gigawatts)! Tamanha tensão começa a ionizar o ar em volta da nuvem – ou seja, ele passa de gás para plasma, o chamado quarto estado da matéria.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quais são os piores times da história do Campeonato Brasileiro?


         Ríver (PI) e Brasília (DF) são os únicos times que conseguiram uma proeza: não marcaram nenhum ponto em uma edição do Campeonato Brasileiro (série A). Em 1982, o Ríver perdeu suas oito partidas, tomando 26 gols e marcando apenas seis. O Brasília fez campanha parecida em 1984: oito derrotas, 24 gols sofridos e quatro marcados. Vários times perderam mais jogos em Campeonatos Brasileiros, mas, pelo menos, marcaram algum ponto e superaram a ridícula marca de 0% de aproveitamento. O CSA (de Alagoas), em 1974, por exemplo, perdeu 16 jogos, mas empatou dois e ganhou um, ou seja, teve aproveitamento de 10,5%. Até o Malutrom, do Paraná, que, graças ao confuso regulamento do Brasileirão de 2000, jogou apenas duas partidas na primeira divisão, conseguiu marcar um pontinho. Entre os times que já foram campeões brasileiros, o maior vexame é do Atlético Mineiro, em 1993: 14,2% de aproveitamento. Para felicidade dos torcedores do "Galo", naquele ano não houve rebaixamento e o clube, campeão nacional em 1971, pôde dar a volta por cima no ano seguinte, quando caiu apenas na semifinal, contra o Corinthians. Mas antes de sacanear seu colega atleticano, lembre-se de que seu time certamente já mandou muito mal em alguma edição do Brasileirão. Confira ao lado a pior campanha da história dos principais clubes.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Qual é a fruta mais doce do mundo?

       
         A parada é dura, mas, segundo o Guinness, o "livro dos recordes", o título vai para as mangas carabao - também conhecidas como mangas manila - cultivadas nas Filipinas. Tudo indica que esse país asiático tem excelentes condições para a produção de frutas doces. "Para os vegetais, o local de produção, o clima e as quantidades de sol e água que a planta recebe durante o crescimento influem na composição dos nutrientes. No Brasil, melões e uvas produzidos no Nordeste com irrigação são mais doces que as mesmas frutas produzidas em outras regiões", diz a bioquímica Rejane Dias das Neves-Souza, da Universidade Norte do Paraná (Unopar), em Londrina (PR). Mas vamos com calma antes de coroarmos a manga como rainha da doçura. O fato é que não dá para fazer um ranking simples para eleger a fruta mais doce. Em tese, quanto maior a porcentagem de açúcares entre os nutrientes da fruta, mais adocicada ela será. Mas a resposta é mais complexa. "Primeiro, porque a sensação de doce depende não apenas da concentração de açúcar. Ingredientes azedos, amargos ou salgados mudam o sabor percebido", diz a engenheira química Sidinéa Freitas, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, no Rio de Janeiro (RJ). Segundo, porque existem vários tipos de açúcares nas frutas, e alguns têm poder adoçante maior que outros. Finalmente, porque a sensibilidade para o doce varia de pessoa para pessoa. Lembre-se disso antes de ler a tabela com algumas das frutas mais ricas em açúcares, certo?

Campeãs do açúcar

O total de carboidratos ajuda na doçura, mas o sabor depende também dos outros ingredientes
Fruta - Banana
% de açúcares - 22
Fruta - Caqui
% de açúcares - 17,7
Fruta - Figo
% de açúcares - 15,5
Fruta - Pêra
% de açúcares - 15,3
Fruta - Manga
% de açúcares - 15
Fruta - Maçã
% de açúcares - 14,5
Fruta - Mamão
% de açúcares - 14,5

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Qual é a maior bilheteria do cinema nacional?


         Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), com 10 735 524 espectadores. Além de ter sido lançado no auge do sucesso de público do cinema nacional, o filme, adaptado do romance homônimo de Jorge Amado e dirigido por Bruno Barreto, superou até as expectativas mais otimistas da época. Para ter uma idéia, o filme que vem em segundo lugar na lista de maiores bilheterias, A Dama da Lotação, de 1978, teve "apenas" 6,5 milhões de espectadores. Uma olhada na lista das maiores bilheterias deixa evidente dois fatos importantes: entre os dez primeiros, só há uma produção lançada nos anos 1990 ou 2000 - Os Dois Filhos de Francisco, na quinta colocação, com 5,3 milhões de espectadores - e, dentre os 20 primeiros, 13 são filmes dos Trapalhões, com média de público de 3,9 milhões de pessoas. Até agora, em 2007, apenas um filme nacional consta da lista das dez maiores bilheterias do ano no Brasil. Enquanto Homem-Aranha 3 levou mais de 6 milhões de pessoas às salas brasileiras, A Grande Família reuniu pouco mais de 2 milhões. Mas o pior nem é isso: somando as bilheterias dos 39 filmes nacionais lançados no primeiro semestre, chega-se à soma de apenas 4,8 milhões de espectadores - o filme Lua Cambará foi visto por apenas 59 pessoas! Enquanto isso, segundo levantamento do Sindicato dos Distribuidores do RJ, no mesmo período os estrangeiros atraíram 43 milhões de espectadores.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Os animais também cometem suicídio?


        Pelo que se saiba não, pois até hoje nenhum etólogo (estudioso do comportamento animal) achou uma evidência de que os animais busquem intencionalmente pôr fim a seus dias. Segundo os especialistas, a própria evolução seleciona os seres que tenham mecanismos de sobrevivência, e não o contrário, de interrupção da vida. "O suicídio é uma prerrogativa humana, e não dá para ampliar para os demais animais", diz o etólogo Gelson Genaro, do Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto (SP). Casos famosos de "suicídio" entre os bichos, como os escorpiões que se matariam quando acuados num círculo de fogo, não passam de lendas. Mesmo situações em que o animal se deixa devorar pelos filhotes, para que eles não morram de fome, não são consideradas morte voluntária. "Oferecer o próprio corpo como alimento para a prole é um jeito de garantir a sobrevivência, não é suicídio", afirma o etólogo César Ades, da Universidade de São Paulo (USP). Veja a seguir alguns comportamentos extremos dos bichos, que são facilmente confundidos com suicídio

Parece, mas não é 
Alguns animais dão a impressão de tirar a própria vida, mas a explicação do "crime" é outra 

EMPURRA-EMPURA FATAL
Vítima - Os lemingues são pequenos roedores herbívoros, com até 15 cm de comprimento, que vivem na Escandinávia e em áreas próximas ao Polo Norte, reproduzindo-se com facilidade
"Lenda mortis" - Quando a população aumenta muito, eles se suicidariam pulando de penhascos, num mecanismo de autorregulação 
Laudo final - O que ocorre é que, nesses picos populacionais, ao se deslocarem desordenadamente em bandos, muitos indivíduos caem do precipício onde vivem, empurrados pelos que vêm atrás

PICADINHO FRITO
Vítima - Escorpiões
"Lenda mortis" - Os escorpiões se matariam quando aprisionados em um círculo de fogo, lançando seu ferrão contra o próprio corpo 
Laudo final - O fato é que, numa situação como essa, o bicho fica agitado por causa do calor e perde o controle da cauda, que pode se voltar sobre o próprio corpo. Mas o que mata mesmo o animal é a desidratação provocada pela alta temperatura

SEXO NADA SEGURO
Vítima - Louva-a-deus
"Lenda mortis" - Os louva-a-deus machos seriam românticos inveterados, que fariam de tudo para garantir uma noitada de amor com a parceira, inclusive dar o próprio corpo para ser devorado por ela após o ato sexual 
Laudo final - A morte não tem nada de romântica, muito menos de intencional. Bem menor do que a fêmea, o macho se aproxima cuidadosamente por trás na hora da cópula. Mas, quando a transa termina, ele tem que escapulir rapidamente, senão a fêmea devora seu corpo - ela faz isso para ficar bem alimentada, garantindo o desenvolvimento das crias que serão gestadas

TRAGÉDIA TEATRAL
Vítima - Algumas espécies de aves
"Lenda mortis" - Diante do ataque de um predador, algumas aves se arrastam no chão, simulando uma asa quebrada, como se fossem uma presa mais fácil. Durante a encenação, os filhotes têm tempo de escapar. Acontece que, muitas vezes, o predador acaba abocanhando o pássaro fingidor, o que revelaria um comportamento suicida 
Laudo final - Para os especialistas, contudo, não se trata de suicídio, mas, assim como no caso das aranhas europeias, de um comportamento extremo visando a perpetuação da espécie

SALTO MORTAL
Vítima - Bisões
"Lenda mortis" - Um dos episódios mais marcantes de morte em massa de animais aconteceu nos EUA, por volta de 1870. Durante uma nevasca, cerca de 100 mil bisões despencaram para a morte de um penhasco de 1 000 m de altura. Para muitos, foi suicídio coletivo
Laudo final - Até hoje os cientistas não conseguem explicar as causas do fenômeno, mas nenhum deles endossa a teoria suicida. O que se sabe é que, naquela época, havia uma política estatal de extermínio desses animais, pois, com isso, o governo americano enfraqueceria as comunidades indígenas que tinham nos bisões sua principal fonte de alimento

DESORIENTAÇÃO ESPACIAL
Vítima - Baleias
"Lenda mortis" - Vira e mexe, os jornais noticiam que dezenas de cetáceos encalharam em alguma praia do planeta, num movimento aparentemente intencional que revelaria um suicídio em massa
Laudo final - De acordo com os estudiosos, fatores como doenças, poluição do mar, ruído de atividades navais ou pesquisas para exploração de petróleo podem gerar uma confusão espacial nas baleias e interferir em sua comunicação, causando esses trágicos incidentes

AMOR DE MÃE
Vítima - A aranha europeia (Stegodyphus lineatus), que é encontrada na costa mediterrânea da Europa e alimenta os filhotes regurgitando comida para eles
"Lenda mortis" - Caso a comida fique escassa, a mãe, num ato extremo, se mataria oferecendo o próprio corpo para ser devorado pelas crias
Laudo final - Segundo os cientistas, dar o próprio corpo como alimento - fenômeno conhecido como matrifagia - não é suicídio, mas um meio de garantir a perpetuação da espécie

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Por que os escoceses usam "saia"?


          Para começar, não é exatamente uma saia - ai de você se chamar o kilt de saiana frente de um escocês! No final do século 14, ele já era usado pelo povo gaélico, que vivia na Irlanda. Com a migração dos gaélicos para a região úmida e chuvosa das Highlands, no norte e no oeste da Escócia, o aparato foi adotado pelos escoceses da região. Os kilts serviam para a proteção contra a umidade e o frio típicos de lá. O tecido era feito de lã escovada, que impermeabilizava à água. Naquela época, a peça única era presa ao corpo, como um tipo de manto. É aí que está a origem do nome "kilt", que, na antiga língua falada na Escócia, significa o ato de "prender uma roupa no corpo". O tipo de xadrez do kilt (chamado de tartan) mudava de estampa de acordo com o clã daqueles que o usavam. A peça atual, em formato de saia, é criação escocesa e só passou a ser usada a partir do século 18. No século seguinte, foi adotada como símbolo de identidade nacional e hoje é vestida por cidadãos escoceses e de outros países, como Inglaterra, em ocasiões diversas, como festas formais, eventos da moda ou pela plateia de jogos esportivos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dá mesmo para causar uma avalanche só com um grito?


         Em tese, sim, mas, ao contrário do que a gente vê nos desenhos animados, é muito pouco provável. "Um grito só vai dar início a uma avalanche se a camada superficial de neve da montanha estiver muito instável. Mas não existem evidências científicas de que isso já tenha ocorrido", afirma o glaciologista Jefferson Cardia Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). As avalanches ocorrem quando uma camada de neve soltinha e pouco densa se separa do resto da base gelada de uma montanha. A passagem de um esquiador ou de um animal, a queda de uma árvore e até mesmo o estrondo de um trovão geram turbulências mecânicas suficientes para causar o deslizamento. Estima-se que ocorram no planeta cerca de 1 milhão de avalanches por ano, a grande maioria em encostas íngremes e desabitadas. Nas avalanches mais radicais, a nuvem formada pela neve pode atingir 50 metros de altura e se deslocar a mais de 200 km/h. Em certos países, como Estados Unidos, França e Suíça, quando se nota alguma área de risco, é comum iniciar avalanches preventivas com tiros de canhão ou dinamite, evitando, assim, alguma tragédia com a queda descontrolada do bolão de neve. (--:o)

Trovões e dinamites
Veja como uma forte onda sonora pode causar uma avalanche

1. Uma condição essencial para que uma avalanche ocorra é a existência de uma camada superficial de neve solta, repousando sobre uma encosta íngreme da montanha

2. O estrondo de um trovão, um tiro de canhão ou uma explosão de dinamite liberam uma forte onda sonora que se propaga junto da montanha, causando uma turbulência mecânica. O som de um grito dificilmente teria o mesmo efeito

3. O choque da onda acústica com a camada de neve fofa e não assentada é capaz de desestabilizá-la, fazendo com que ela se solte e desça montanha abaixo, causando a avalanche

Um grito também não é capaz de derrubar uma estalactite, aquela formação rochosa suspensa no teto de cavernas. "A vibração causada pelo grito não é forte o suficiente para danificar a estrutura", diz o espeleólogo Ivo Karmann, da Universidade de São Paulo (USP)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Quantas marcas de refrigerante existem no Brasil?


         Por incrível que pareça, são cerca de 3 500 marcas, produzidas por 835 fabricantes! Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcóolicas (Abir), só no ano passado, foram produzidos 12,4 bilhões de litros da bebida no Brasil - fazendo as contas, em 2005, cada brasileiro consumiu 73 litros! Não é à toa que nosso país é o terceiro maior produtor de refris no mundo. Essa variedade toda de marcas é garantida pelos milhares de tipos da bebida que são fabricados e vendidos apenas regionalmente, e com sabores pra lá de exóticos. A marca Frutty, por exemplo, lançou em Minas Gerais um refri de abacaxi. Já no interior de São Paulo faz sucesso o Guaracatu, que mistura guaraná com catuaba, aquela plantinha conhecida pelos seus supostos poderes afrodisíacos... De acordo com a Abir, refrigerante é qualquer bebida industrializada, não alcoólica, carbonatada, adicionada de aromas e com alto poder refrescante. Os refris mais queridos dos brasileiros são os do tipo cola, que dominam 50,9% do mercado. Os guaranás vêm em segundo na preferência nacional, com 24,5% das vendas. A medalha de bronze vai para as bebidas sabor laranja (11%). Apesar de terem se tornado populares nas últimas décadas, os refris diet ou light ainda representam menos de 10% do total produzido. Já se o assunto é embalagem, as garrafas tipo pet dão de goleada: respondem por 80,2% dos refris consumidos no país.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O que é a teoria do caos?



           É uma das leis mais importantes do Universo, presente na essência de quase tudo o que nos cerca. A idéia central da teoria do caos é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer conseqüências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Por isso, tais eventos seriam praticamente imprevisíveis - caóticos, portanto. Parece assustador, mas é só dar uma olhada nos fenômenos mais casuais da vida para notar que essa idéia faz sentido. Imagine que, no passado, você tenha perdido o vestibular na faculdade de seus sonhos porque um prego furou o pneu do ônibus. Desconsolado, você entra em outra universidade. Então, as pessoas com quem você vai conviver serão outras, seus amigos vão mudar, os amores serão diferentes, seus filhos e netos podem ser outros...
             No final, sua vida se alterou por completo, e tudo por causa do tal prego no início dessa seqüência de eventos! Esse tipo de imprevisibilidade nunca foi segredo, mas a coisa ganhou ares de estudo científico sério no início da década de 1960, quando o meteorologista americano Edward Lorenz descobriu que fenômenos aparentemente simples têm um comportamento tão caótico quanto a vida. Ele chegou a essa conclusão ao testar um programa de computador que simulava o movimento de massas de ar. Um dia, Lorenz teclou um dos números que alimentava os cálculos da máquina com algumas casas decimais a menos, esperando que o resultado mudasse pouco. Mas a alteração insignificante, equivalente ao prego do nosso exemplo, transformou completamente o padrão das massas de ar. Para Lorenz, era como se "o bater das asas de uma borboleta no Brasil causasse, tempos depois, um tornado no Texas". Com base nessas observações, ele formulou equações que mostravam o tal "efeito borboleta".
        Estava fundada a teoria do caos. Com o tempo, cientistas concluíram que a mesma imprevisibilidade aparecia em quase tudo, do ritmo dos batimentos cardíacos às cotações da Bolsa de Valores. Na década de 70, o matemático polonês Benoit Mandelbrot deu um novo impulso à teoria ao notar que as equações de Lorenz batiam com as que ele próprio havia feito quando desenvolveu os fractais, figuras geradas a partir de fórmulas que retratam matematicamente a geometria da natureza, como o relevo do solo ou as ramificações de nossas veias e artérias. A junção do experimento de Lorenz com a matemática de Mandelbrot indica que o caos parece estar na essência de tudo, moldando o Universo. "Lorenz e eu buscávamos a mesma verdade, escondida no meio de uma grande montanha.
        A diferença é que escavamos a partir de lugares diferentes", diz Mandelbrot, hoje na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. E pesquisas recentes mostraram algo ainda mais surpreendente: equações idênticas aparecem em fenômenos caóticos que não têm nada a ver uns com os outros. "As equações de Lorenz para o caos das massas de ar surgem também em experimentos com raio laser, e as mesmas fórmulas que regem certas soluções químicas se repetem quando estudamos o ritmo desordenado das gotas de uma torneira", afirma o matemático Steven Strogatz, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. Isso significa que pode haver uma estranha ordem por trás de toda a imprevisibilidade. Só a continuação das "escavações" pode resolver o mistério.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Como funciona a criogenia?


1. A criogenia é o congelamento de cadáveres a baixas temperaturas para que sejam ressuscitados um dia. Quando o paciente é declarado morto, os médicos tentam evitar a deterioração do corpo: medicamentos são injetados e máquinas mantêm a circulação do sangue e a oxigenação
2. O corpo é envolto em uma manta térmica especial, que ajuda a mantê-lo frio, e transportado até a clínica em temperaturas baixas, que fazem com que o cérebro exija menos oxigênio e mantenha os tecidos vivos por mais tempo
a. Uma célula em estado normal é composta de diversas moléculas de água
b. Nas células congeladas, as moléculas de água se agrupam, formando cristais de gelo - que espremem e danificam as células
c. Na vitrificação, a água se move cada vez mais devagar, até parar. É o chamado estado de animação suspensa
3. Na clínica, o sangue do paciente é retirado ao mesmo tempo em que, por outro tubo, é inserido o líquido crioprotetor, uma substância química à base de glicerina. O líquido substitui outros compostos intracelulares, evitando que cristais de gelo se formem dentro das células. Se a pele da pessoa for clara, dá para ver que os tecidos com líquido começam a ficar alaranjados
4. Depois de injetadas as substâncias, o corpo vai para uma cabine com gás nitrogênio circulante. Lá, ele fica esfriando por cerca de três horas para assegurar que todas as partes do corpo serão congeladas por igual. No final do processo, o paciente estará completamente vitrificado
5. Em seguida, o corpo é colocado em um saco plástico protetor e imerso em um cilindro de nitrogênio líquido, onde é monitorado. Nesta fase, há risco de surgirem fraturas no corpo, problema que pode ocorrer em grandes áreas submetidas à vitrificação - o próprio líquido criogênico pode endurecer e quebrar dentro do organismo!
6. Por fim, para economizar espaço, o corpo é colocado em um tubo de nitrogênio líquido com mais três corpos e duas cabeças - por um preço bem mais em conta é possível congelar somente a cabeça. O corpo fica ali e pode ser visitado pela família até que a ciência descubra um modo de recuperá-lo. Ou não...

Preços congelados
Compare os preços das duas únicas empresas do mundo que fazem a criogenia

Alcor (Arizona, EUA)

875 inscritos
84 preservados
Não congela animais
Quanto custa: 150 mil dólares (preservação do corpo todo)
80 mil dólares (só o cérebro)

Cryonics Institute (Michigan, EUA)

797 inscritos
93 preservados
60 animais congelados
Quanto custa: 100 mil dólares - corpo todo (não faz preservação só de cérebro)

Vida após a morte
Entenda por que nenhum cadáver congelado foi reanimado

• O único descongelamento que rola é o de embriões - mas isso só dá certo porque não são células complexas, diferentemente de um corpo cheio de tecidos e sistemas;
• A falta de oxigênio durante os primeiros minutos da morte pode causar danos irreparáveis nos tecidos, que continuarão danificados mesmo congelados. Para alguns cientistas, no futuro, com o auxílio da nanotecnologia, esses tecidos poderão ser reconstruídos;
• O líquido criopreservante dentro do organismo vivo seria tóxico e ainda não se sabe como substituí-lo. Estudam-se tecnologias para poder eliminar essas proteínas tóxicas;
• Mesmo descongelando o corpo, seria preciso reverter o processo que causou a morte - uma doença em estágio avançado, por exemplo. Para isso, a ciência precisa inventar a cura para tais doenças

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Qual a diferença entre psicopata e sociopata?



       Nenhuma, pois os dois termos são sinônimos para um tipo específico de transtorno de personalidade. De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), o termo oficial para designar um psicopata ou sociopata é personalidade dissocial ou antissocial. “A psicopatia é um termo muito confuso historicamente, sendo que, hoje, se refere a apenas um dos oito transtornos de personalidade existentes”, diz o psiquiatra forense Daniel Martins de Barros, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Ou seja, a associação que, em geral, fazemos do termo psicopata com um assassino frio, como um serial killer, não passa de mau uso do termo. Veja a seguir quais são os oito distúrbios de personalidade – como são chamados alguns dos tipos de distúrbio mental – que podem afligir alguém. Segundo os especialistas, até 3% da população mundial é composta de psicopatas, sendo que eles reincidem na criminalidade três vezes mais que bandidos comuns.

PSICOPATÔMETRO

Especialistas usam teste específico para identificar psicopatas
Você está desconfiado de que aquele colega de escola maldoso ou seu irmãozinho destruidor de brinquedos possa ser um psicopata? Pois existe um teste para descobrir isso: é a chamada Escala Hare PCL-R. Criada pelo psicólogo canadense Robert Hare, em 1991, trata-se de um checklist de 20 itens, que englobam as principais características de um psicopata, como tendência a mentir e falta de culpa ou remorso. A avaliação, que só pode ser feita por psicólogos ou psiquiatras, também considera o histórico familiar e pessoal. De acordo com os especialistas, o teste é uma grande arma contra a criminalidade, pois pode revelar, por exemplo, se um bandido tende a continuar praticando crimes ou se foi só um vacilo isolado.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Como funciona o ar-condicionado?


          O princípio é exatamente o mesmo da geladeira: uma substância capaz de resfriar dentro do aparelho um conjunto de serpentina - algo como um sistema de mangueiras por onde passa líquido ou gás. No caso do ar-condicionado, essa substância - à base de cloro, fluor e carbono - é chamada R-22. Esse produto deixa o estado líquido e vira gás a uma temperatura bem baixa: apenas 7 ºC, contra, por exemplo, os 100 ºC de que a água precisa para evaporar. A fria R-22 percorre um circuito de serpentinas, condensadores e evaporadores, absorvendo o calor do ar sugado do ambiente interno. O que os mais diversos modelos de ar-condicionado ainda não conseguiram eliminar é um incômodo efeito colateral: o ressecamento do ar. "Em contato com o frio, a umidade do ar se condensa em gotinhas dentro do ar-condicionado, como acontece em uma garrafa de cerveja gelada", diz o engenheiro Maurício Carvalho, que trabalha em uma empresa fabricante de aparelhos de ar-condicionado em São Paulo.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Por que tem tanto "Silva" no Brasil?


          Porque o sobrenome "Silva", além de ser muito usado em Portugal, também foi dado a milhares de escravos trazidos para o Brasil durante o período colonial. Essa é a explicação mais provável, segundo o genealogista Carlos Eduardo Barata, autor do Dicionário das Famílias Brasileiras. Além disso, muitos portugueses que vinham para o Brasil em busca de vida nova adotavam o "Silva" para se beneficiar do anonimato que o sobrenome comum oferecia. A origem dos "Silvas" é controversa, mas tudo indica que o sobrenome surgiu no Império Romano para denominar os habitantes de regiões de matas ou florestas - silva, em latim, é "selva". Muitos desses habitantes se refugiaram do império justamente na península Ibérica (hoje Portugal e Espanha). O primeiro "Silva" a fixar raízes no Brasil foi o alfaiate Pedro da Silva, em 1612. Daí em diante, o sobrenome começou a se espalhar pelo país e não parou mais. Hoje, é impossível saber quantos "Silvas" existem no Brasil já que nenhum órgão oficial tem uma estatística nacional sobre o tema. Porém, tudo leva a crer que "Silva" é, sim, o sobrenome mais comum. Em um levantamento feito especialmente para a ME pela empresa Telefônica, deu "Silva" na cabeça. Entre os 4,6 milhões de assinantes de telefone da empresa na cidade de São Paulo, 295 622 são "Silva". 

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Quantos megapixels tem o olho humano?


      Nosso olho não funciona exatamente como uma câmera, mas dá para dizer que a resolução máxima que ele alcança é próxima de 250 megapixels. A câmera digital cria arquivos de imagem compostos de milhões de pontos. Cada ponto é um pixel e, para a câmera registrá-lo no seu "negativo" – o CCD (dispositivo de carga acoplada) –, entra em ação o photosite, o componente fotossensível das câmeras digitais. Ou seja: uma câmera que usa 1 milhão de photosites registra 1 milhão de pixels, ou 1 megapixel. No olho humano, o papel do photosite é desempenhado por cones e bastonetes, dois tipos de células fotossensíveis distribuídos ao longo da retina. Nos dois olhos temos cerca de 250 milhões dessas células e, portanto, podemos captar 250 milhões de pontos luminosos. Ou 250 megapixels. Mas, na prática, a coisa não é tão simples. "A visão em alta resolução forma-se apenas na fóvea, região que corresponde a um centésimo da área da retina", diz o neurofisiologista Renato Sabbatini. Isso não significa que basta dividir o número de megapixels por cem, porque a distribuição dos cones e bastonetes na retina não é uniforme como os photosites no CCD (veja a imagem ao lado). Para complicar ainda mais, no olho há a chamada interpolação: as imagens captadas por duas células são entrelaçadas. "Isso aumenta absurdamente a resolução da nossa visão", diz Sabbatini.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Por que as imagens de deuses indianos geralmente possuem muitos braços?



      Os vários braços dos deuses indianos simbolizam suas muitas qualidades. "Na representação de seus mitos, as culturas recorrem a vários meios para se referir ao poder, à força e à energia de seus deuses. No caso dos deuses indianos com vários braços, a estratégia é a da fixação de traços de grande atividade na área que cada um representa", diz o lingüista Carlos Alberto da Fonseca, da Universidade de São Paulo (USP). A deusa Sarasvatî, por exemplo, está relacionada ao mundo das artes e segura em suas quatro mãos objetos que lembram a multiplicidade artística que ela representa. Já o deus Shiva, numa das narrativas sobre a Criação, constrói o mundo dançando, marcando o ritmo com os dois pés enquanto produz a realidade com os gestos de seus quatro braços. Normalmente, ele tem dois objetos nas mãos: um pequeno tambor (que representa o passar do tempo) e uma chama (a eternidade). Os outros dois braços dão a impressão do movimento próprio de um dançarino. Os dedos de uma mão apontam para cima, simbolizando um caráter protetor, enquanto os dedos da outra apontam para o chão, representando a caridade de Shiva.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Por que os padres não podem se casar?


       A princípio, padres não se casavam por opção, para dedicar 100% do tempo e das energias à oração e à pregação - da mesma forma que Jesus Cristo. Em 1139, ao final do Concílio de Latrão, contudo, o matrimônio foi proibido oficialmente a membros da Igreja. Embora a decisão tenha se apoiado em passagens bíblicas - como "É bom para o homem abster-se da mulher" (presente na primeira carta aos Coríntios) -, uma das razões mais fortes para a transformação do celibato (como é conhecida a proibição do casamento) em regra foi o que, já naquela época, ditava as regras da humanidade. Fé? Nada disso. Grana! Na Idade Média (do século 5 ao 15), a Igreja Católica alcançou o auge do seu poder, acumulando muitas riquezas, principalmente em terras. Para não correr o risco de perder bens para os herdeiros dos membros do clero, o melhor mesmo era impedir que esses herdeiros existissem. Isso não fez muita diferença para os monges, que, por opção, já viviam isolados em mosteiros, mas em algumas paróquias a proibição gerou discórdia. A maior delas ocorreu no começo do século 16 e foi uma das razões pelas quais o cristianismo passou pelo seu maior racha: Martinho Lutero rompeu com o papa e criou a Igreja Luterana, que permitia o casamento dos seus pastores - e permite até hoje (veja o quadro abaixo). Depois da Reforma Protestante, a Igreja Católica reafirmou o celibato, definindo no Concílio de Trento, em 1563, que quem o rompesse seria expulso do clero. A regra se manteve até 1965, quando o papa Paulo VI permitiu que padres se casassem e continuassem freqüentando a Igreja (sem a função de padres, claro). Para conseguir essa liberação, o padre noivo precisa enviar um pedido ao Vaticano e esperar a autorização, que pode demorar até dez anos. "João Paulo II tornou o processo mais demorado, mas Bento XVI está limpando a mesa", diz o teólogo Afonso Soares, professor da PUC-SP. Além de promover a tal limpeza, o novo papa surpreendeu, em agosto do ano passado, ao aceitar que o ex-pastor anglicano David Gliwitzki, casado e pai de duas filhas, e tornasse padre.

Mulher do padre

Veja como outras religiões tratam a vida amorosa de seus sacerdotes
Judaísmo
Rabinos podem ter relacionamentos e se casar. A única recomendação é que a esposa seja judia
Budismo
Não reconhece nenhum ser superior capaz de dar ordens de conduta, mas monges e monjas vêem a abstinência sexual como algo que eles devem se esforçar a aprender
Cristianismo protestante
Pastores (batistas, metodistas, da Assembléia de Deus ou de qualquer outra corrente) podem se casar. Entre os luteranos, há grupos de monges que, por opção, adotam o celibato
Cristianismo Ortodoxo
Homens casados podem virar padres, mas dificilmente serão promovidos a bispos. A regra é a mesma em correntes católicas orientais, como a maronita e a ucraniana
Islamismo
Qualquer homem (no islamismo, não há sacerdotes como no catolicismo) não só pode como deve ter quatro esposas, se puder sustentá-las, é claro. As mulheres, por outro lado, só podem ter um marido

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Quem foi o Barão Vermelho?


        O maior piloto de caças militares de todos os tempos, o alemão Manfred von Richthofen, abateu 80 aviões inimigos de seu país na 1ª Guerra Mundial. Suas principais máquinas de guerra foram o Albatros e o triplano Fokker DR 1, que voava a até 165 km/h. Com ele, Manfred ganhou destaque na Força Aérea Alemã e, quando foi nomeado líder de seu esquadrão, pintou a nave com um vermelho brilhante para ser reconhecido de longe pelos oponentes. Nascia assim o famoso apelido. Ao sobrevoar o norte da França em 1918, o Barão Vermelho se desgarrou da esquadrilha para perseguir um caça inglês e acabou sozinho em território inimigo, sob fogo duplo, vindo do ar e da terra. Os britânicos comemoraram a morte do temido rival, porém sepultaram-no com honras de herói de guerra.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

As dez fobias mais esquisitas do planeta



      Gente com medo de chulé, de legumes, de umbigo, de beijo ou - acredite! - com pavor até de mulher bonita! Está na hora de conhecer as paúras mais estranhas que existem. E aí, vai ler ou tá com medo?



10. Bromidrofobia


Medo de quê - Odores do corpo
Nível de pavor - Medroso
Ok, ninguém em sã consciência gosta de ter cecê ou chulé, cuidando da higiene pessoal para não exalar esses odores pelo corpo. Só que é quase impossível não rolar um bodunzinho ou outro de vez em quando, né? Pois é esse o pavor de quem sofre de bromidrofobia. Os "zé-limpinhos" tomam vários banhos por dia e, de tanta esfregação, chegam a ficar com a pele machucada. O medo de cheirar mal pode ser tão grande que muitos evitam qualquer atividade que gere transpiração.

9. Caetofobia

Medo de quê - Pelos e cabelos
Nível de pavor - Maricas
O ator Tony Ramos e o guitarrista Slash são o maior pesadelo de quem tem caetofobia. É que eles morrem de medo de pessoas muito peludas ou com uma baita cabeleira. Em geral, os "caetofóbicos" cortam o cabelo bem curtinho ou até raspam a cabeça. Alguns chegam a contratar alguém só para lavar seu cabelo e não ter que tocar na "coisa peluda"! No outro extremo, estão as vítimas de falacrofobia, o temor de ficar careca - aliás, o que seria o paraíso para os "caetofóbicos"...

8. Deipnofobia




Medo de quê - Jantar em família ou com amigos
Nível de pavor - Medroso
Para as pessoas com deipnofobia, basta sentar à mesa para uma singela refeição e está pronto o cenário do terror: elas aprontam o maior suador, sentem falta de ar e são tomadas por uma sensação de impotência. É que elas enxergam um jantarzinho como uma terrível ameaça, que trará à tona conflitos emocionais não resolvidos. A britânica Karen Tate, por exemplo, sempre tem um ataque de pânico quando vai a um restaurante com amigos, e não vê a hora de sair do lugar. Poderia aproveitar para não pagar a conta!

7. Eisoptrofobia

Medo de quê - Espelhos e de se olhar no espelho
Nível de pavor - Medroso
Em geral, a eisoptrofobia, ou medo de espelhos, está ligada ao temor diante do sobrenatural. As pessoas temem ver no reflexo do espelho fantasmas e outros seres. Superstições ligadas a esse objeto (como a crença de que quebrar um espelho dá sete anos de azar) também ajudam a aumentar a paranoia. Até mesmo a própria imagem da pessoa pode causar terror por se tratar de algo "não humano". A atriz Pamela Anderson é uma das pessoas que preferem sacrificar a vaidade a encarar um "espelho, espelho mau".

6. Hipopotomonstrosesquipedaliofobia

Medo de quê - Palavras grandes
Nível de pavor - Maricas
O próprio nome desta fobia - o palavrão gigante acima - já obriga quem sofre do distúrbio a confrontar seu medo: um temor irracional de palavras longas ou de uso pouco comum, como termos técnicos e médicos (por exemplo, linfangioleiomiomatose). Elas também evitam mencionar palavras estranhas ao vocabulário coloquial. Segundo os especialistas, essa paúra surge do medo de pronunciar a palavra de forma incorreta e, por isso, cair no ridículo.

5. Onfalofobia

Medo de quê - Umbigos
Nível de pavor - Maricas
Nunca encoste no umbigo de quem sofre de onfalofobia, pois o cara pode ter o maior ataque nervoso. Na verdade, essas pessoas também ficam nervosas só de ver um umbigo. Quando a coisa rola com mulheres grávidas, é ainda pior. É que elas têm o maior pavor de que seu umbigo cresça demais ou fique com o formato conhecido como couve-flor. Algumas mães chegam a tapar o umbigo dos bebês com curativos para não ver a "criatura".

4. Lachanofobia

Medo de quê - Vegetais
Nível de pavor - Maricão
Cenouras, amoras, abobrinhas. Vegetais "assassinos" como esses são os algozes de quem tem lachanofobia. A forma incomoda, a cor não agrada, a textura causa aversão e o cheiro, náuseas. Em geral, a pessoa tem medo de algum vegetal em particular. Um jovem americano, por exemplo, tinha pavor de pêssegos. Certo dia, ao entrar no chuveiro da casa da namorada e ver a imagem da fruta no rótulo de um xampu, deu o maior chilique e saiu correndo da casa...

3. Automatonofobia

Medo de quê - Autômatos e bonecos de cera
Nível de pavor - Maricas
Autômatos, como bonecos de ventríloquo, são artefatos que simulam ações humanas. Mas não para pessoas que têm automatonofobia. Para elas, inocentes bonequinhos de parque de diversões são verdadeiros monstros. A visão de algo que imita seres humanos causa tremedeiras, choro e paralisia. O "machão" Hugh Jackman, o Wolverine de X-Men, já admitiu morrer de medo do Chuckie, o brinquedo "assassino". Só não contem isso para o Prof. Xavier!

2. Filemafobia

Medo de quê - Beijar
Nível de pavor - Maricão
Não há Cupido que ajude. Para quem tem filemafobia, um simples beijo é sinônimo de pesadelo. A pessoa sente enjoos e fica com a boca seca e as mãos trêmulas. Em casos mais graves, chega a ter um ataque de pânico. Não rola nem beijo na bochecha a amigos e familiares. Para os estudiosos, esse transtorno está ligado a outro, a filofobia, o medo de se apaixonar. Ele também é fruto do temor de possíveis ações subsequentes ao beijo, como fazer sexo.

1. Caligenefobia

Medo de quê - Mulheres bonitas
Nível de pavor - Maricão

Também conhecido por venustrafobia, esse é o pavor sentido por alguns homens quando têm que interagir com - ui, que meda! - uma mulher bonita! Os caras sentem falta de ar, arritmia e muitos até vomitam. O bizarro terror de beldades é tamanho que alguns sujeitos até abandonam o emprego se tiver alguma gata no trabalho. Como forma de tratamento, o "coitado" é exposto a fotos e vídeos de mulheres bonitas, como Gisele Bündchen. Depois, ainda precisa encarar umas gatas em carne e osso. Ô problemão...