A chegada de ondas violentas à costa começa quando rajadas de vento fazem subir o nível do oceano e aumentam, já em mar aberto, o tamanho dos vagalhões. Impulsionada por correntes marítimas, a massa de água caminha com velocidade crescente até encontrar o litoral. Ao chegar à praia, o mar agitado inunda a faixa de areia e as ondas quebram bem próximas da orla. A força da ressaca costuma alagar avenidas e danificar construções à beira-mar - há também relatos de banhistas tragados pelo mar e levados para longe da praia pelas fortes correntes marítimas. "No Brasil, as ressacas são quase sempre causadas por frentes frias que atingem o Sul e o Sudeste. Podem ocorrer dezenas de vezes por ano, mas, felizmente, é possível prevê-las até cinco dias antes", diz o oceanógrafo Joseph Harari, da USP. Inspirados na destruição marítima, os bebedores exagerados apelidaram de ressaca aquele mal-estar típico após uma bebedeira. "A palavra deriva do espanhol resaca, cujo sentido original designa o refluxo das ondas do oceano. No Brasil e em Portugal, o termo ganhou um significado metafórico, pois quem bebe demais também passa por muita turbulência na manhã seguinte", afirma o lingüista e tradutor John Robert Schmitz, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Violência marítimaVentos fortes e correntes intensas fazem a água chegar à costa com força máxima
1. Em mar aberto, rajadas de vento geladas e fortes, trazidas por uma frente fria, sopram em direção ao litoral. Elas criam correntes intensas, transportando uma enorme quantidade de água
2. As correntes agitam o mar, aumentando o tamanho das ondas e o nível da água. Ventos de até 50 quilômetros por hora fazem o oceano subir 2 metros, criando ondas de até 4 metros
3. O mar bravo inunda a praia e quebra violentamente no litoral. As ondas grandes podem devastar a orla, alagando ruas, destruindo casas e arrastando pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário