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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Qual o desenho animado mais importante da história?



       É uma escolha difícil, porque existem várias animações inesquecíveis, independentemente do critério adotado. Se optarmos pelo critério cronológico, por exemplo, o mais importante é o primeiro desenho, o ancestral Humorous Phases of Funny Faces ("Fases Cômicas das Faces Engraçadas"), filmado pelo inglês James Stuart Blackton, em 1906. A confecção das primeiras figuras animadas abriu caminho para vários desenhistas talentosos nas décadas seguintes. Nos anos 30 e 40, o gênero revelou grandes personagens, como a sexy Betty Boop, de 1932, e o marinheiro Popeye, de 1933, ambos criados pelos irmãos Fleischer. Ou ainda o maluco coelho Pernalonga, concebido em 1938 pelos americanos Tex Avery e Chuck Jones. Mais tarde, os animadores William Hanna e Joseph Barbera produziram algumas das séries mais conhecidas da TV, como Os Flintstones (1960), a primeira a ocupar o horário nobre nos Estados Unidos. Mas nenhuma retrospectiva dos desenhos estaria completa sem mencionar o genial trabalho de quase meio século do americano Walt Disney, responsável por algumas das inovações mais importantes de todos os tempos na animação. Das mãos de sua equipe saíram o primeiro desenho sonorizado, Steamboat Willie ("Willie do Barco a Vapor", de 1928), o primeiro desenho colorido, Flowers and Trees ("Flores e Árvores", de 1932), e o primeiro longa-metragem animado, Branca de Neve e os Sete Anões, de 1937. Sucessos de público, as numerosas criações de Disney também foram recompensadas pela crítica: ao todo, o americano colecionou 32 Oscar em vida. Depois de sua morte, seus estúdios continuaram produzindo obras revolucionárias, como Toy Story (1995), o primeiro desenho totalmente feito em computador, e O Rei Leão (1994), a animação recordista de bilheteria. O reinado de Simba, entretanto, já está ameaçado pelos simpáticos peixinhos de Procurando Nemo, o desenho de maior sucesso em 2003. Em agosto, a aventura aquática tornou-se a animação mais vista da história nos Estados Unidos, mais ainda ocupa o sétimo lugar na bilheteria mundial.
Mergulhe nessa
Na Internet:
www.toonopedia.com
www.cartoonresearch.com
Obras-primas inesquecíveisSelecionamos 10 produções que mudaram a história da animação
PRIMEIRO DESENHO ANIMADO
HUMOROUS PHASES OF FUNNY FACES (1906)
Para produzir os três minutos da pioneira animação, o inglês James Stuart Blackton fez 3 mil desenhos e os fotografou quadro a quadro. Munida de giz, a mão do artista aparece no desenho rabiscando caretas, homens de perfil e vários objetos. Com o sucesso, a produtora encomendou a Blackton uma série de desenhos para o cinema
PRIMEIRO DESENHO COM SOM
STEAMBOAT WILLIE (1928)
No desenho que celebrizou o camundongo Mickey, o próprio Disney regeu a orquestra responsável pela trilha sonora e fez a voz do ratinho, criado no mesmo ano em duas animações mudas que passaram quase despercebidas. A estréia sonorizada impulsionou o personagem ao estrelato: em apenas um ano, Mickey ganhou mais 15 desenhos 
PRIMEIRO DESENHO TRANSMITIDO PELA TELEVISÃO
O GATO FÉLIX (1930)
Lançado pelo americano Otto Messmer e pelo australiano Pat Sullivan, o risonho gato preto apareceu pela primeira vez na animação Feline Follies ("Folias Felinas"), de 1919. Félix foi o maior astro dos desenhos da era muda, mas não conseguiu sobreviver ao cinema sonoro. Apesar do fracasso nas telonas, a animação teve o privilégio de ser a primeira a ser transmitida pela televisão, em 1930
PRIMEIRO DESENHO COLORIDO
FLOWERS AND TREES (1932)
Em 1932, Disney foi à Technicolor, empresa que tinha criado um sistema para usar cores em filmes, e pediu-lhes exclusividade por dois anos. O primeiro resultado da parceria foi Flowers and Trees ("Flores e Árvores"), o pioneiro desenho colorido, que deu a Disney um Oscar no primeiro ano em que foi criado um troféu específico para celebrar a animação
PRIMEIRO LONGA DE ANIMAÇÃO
BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES (1937)
Além do título de primeiro longa-metragem, a animação é também considerada uma das mais belas da história. Para finalizá-la, 800 artistas produziram mais de 1 milhão de desenhos, dos quais cerca de 250 mil foram usados. A inovação foi um sucesso de público (em números de hoje, a bilheteria ultrapassaria 6 bilhões de dólares), e rendeu a Disney um Oscar especial, acompanhado por outras sete mini-estatuetas
PRIMEIRO DESENHO BRASILEIRO
SINFONIA AMAZÔNICA (1953)
O primeiro desenho brasileiro é um longa-metragem, dirigido por Anélio Lattini Filho. Para concluir o filme, o diretor demorou seis anos, trabalhando sozinho na elaboração de 500 mil desenhos e em todas as etapas da produção. Considerado pelos críticos uma obra-prima da animação nacional, o filme conta lendas folclóricas da região Norte do país
PRIMEIRO DESENHO EXUBIDO EM HORÁRIO NOBRE
OS FLINTSTONES (1960-1966)
A família pré-histórica de Bedrock foi criada em 1960 pelo estúdio Hanna Barbera, tornando-se a primeira série animada exibida em horário nobre na TV americana. A popularidade garantiu seis anos de duração às confusões de Fred, Wilma, Barney e Betty, além de inspirar a criação de Os Jetsons (1962), uma espécie de Flintstones do futuro
A SÉRIE ANIMADA MAIS DURADOURA
OS SIMPSONS (desde 1989)
Criada pelo desenhista Matt Groening, essa família maluca estreou em vinhetas nos Estados Unidos em 1987. Dois anos depois, Homer e companhia ganharam um série que já entrou em sua 15a temporada, com mais de 300 episódios produzidos. Transmitido em 70 países, o programa já levou para casa 18 prêmios Emmy, o mais prestigioso da TV americana
MAIOR BILHETERIA
O REI LEÃO (1994)
Somando as bilheterias do mundo todo, o filme faturou mais de 783 milhões de dólares, cifra que lhe dá o troféu de animação mais vista e de 11a bilheteria da história. Inspirada na peça Hamlet, do dramaturgo inglês William Shakespeare, a saga do leão Simba detém outro recorde, o de vídeo mais vendido de todos os tempos, com 55 milhões de cópias
PRIMEIRO DESENHO EM COMPUTADOR
TOY STORY (1995)
Dirigido por John Lasseter, o primeiro desenho animado feito totalmente em computador foi produzido em uma parceria entre os estúdios Disney e Pixar, a um custo de 30 milhões de dólares. O sucesso das aventuras do astronauta de brinquedo Buzz Lightyear credenciou os produtores a lançar uma seqüência bem-sucedida, Toy Story 2, de 1999.

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