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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Como é o corpo de uma barata?



BICHO ANTENADO
O par de antenas sente cheiros e gostos, enquanto os olhos enxergam bem à noite, já que esse é o momento em que a barata sai do esconderijo atrás de comida. Como são onívoras (comem de tudo, até carne putrefata), têm uma boca denteada e mandíbulas fortes
POXA, QUE COXAS
As pernas se dividem em três pares: os dois maiores impulsionam a barata para a frente, enquanto o menor, próximo à cabeça, cuida de frear altas velocidades. Baratas podem chegar a 3 km/h, o que equivale a percorrer quase 1 m em um segundo!
RESPIRAÇÃO FURADA
As cascudas puxam e eliminam o ar por pequenos furos espalhados pelo corpo, os espiráculos. Lá dentro, o oxigênio percorre os tubos até alcançar os tecidos. Diferentemente dos humanos, elas não usam o sangue para transportar O2
ALADA E PERIGOSA
O primeiro par de asas, com textura de pergaminho, cobre outro, fino e flexível. Nos machos, as asas costumam ultrapassar o fim do abdômen e, nas fêmeas, têm o mesmo tamanho do corpo. Algumas espécies não apresentam asas - são ápteras
BARATA ALERTA
Baratas possuem pequenos pelos no abdômen chamados de cerci, que sentem o movimento do ar, informando quando um inimigo se aproxima. Em milésimos de segundo, eles acionam as pernas do bicho, que consegue fugir rapidamente
PODRE POR DENTRO
Pode parecer estranho, mas o exterior das baratas é extremamente limpo. A sujeira está em seu interior, mais exatamente no sistema digestivo. É lá onde ficam vírus e bactérias, que são expelidos no cocô e podem causar infecções, alergias, verminoses e micoses
Barata de fases
O rápido ciclo de vida da cascuda tem três níveis: dentro da ooteca, como ninfa e transformada em barata adulta
OOTECA
Em seus dois anos de vida, a Periplaneta americana gera até 20 ninhadas. Em cada uma, produz uma bolsa com até 20 ovos
NINFA
Guardado em frestas ou atrás de móveis, cada ovo dará origem a uma ninfa. Esta barata jovem trocará de pele várias vezes até virar adulta
ADULTA
Os tamanhos variam: a Periplaneta americana, por exemplo, chega a 4 cm, enquanto a brasileira Megaloblatta regina tem até 10 cm
Mitos baratos
A verdade sobre os mistérios que cercam a capacidade de sobrevivência das baratas
CABEÇA DECEPADA
Sim, elas realmente conseguem viver sem cabeça por até um mês e só batem as patas devido à sede! Como as baratas não respiram pela boca, não morrem por falta de ar e, como têm pouca pressão sanguínea, não morrem de hemorragia
DE PERNAS PRO AR
Alguns inseticidas atacam o sistema nervoso da cascuda e geram espasmos que fazem com que ela vire de barriga para cima. Tonta e sem ter onde agarrar, ela definha sem opções de salvamento
CASCA ANTIATÔMICA
A história de que as baratas sobreviveriam a uma explosão nuclear tem um fundo de verdade: elas aguentam dez vezes mais radiação do que os humanos. Mas, próximas ao centro da explosão, elas morrem desintegradas de qualquer jeito
• Larga de ser porco, menino! Baratas podem roer o canto da sua boca ou a cutícula dos seus dedos em busca de restos de comida
• Nesta matéria, analisamos o corpo da espécie Periplaneta americana, a mais comum no Brasil
• Cuidado com o copo de cerveja. Baratas são atraídas pelo cheiro da cevada, principalmente quando a bebida entra em processo de decomposição
• Há 200 baratas para cada habitante da grande São Paulo, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Biológicas

FONTES Sérgio Bocalini, biólogo especialista em entomologia urbana e vice-presidente executivo da Associação dos Controladores de Pragas Urbana (Aprag); Elisabete Goeldner, bióloga do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea-RJ); Joseph Kunkel, biólogo da Universidade de Massachusetts de Amherst

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mulher com duas vaginas conta que perdeu a virgindade duas vezes


         Uma jovem britânica foi convidada por um programa matinal da ITV1 para contar sua história curiosa: aos 18 anos de idade, descobriu que tinha duas vaginas, uma ao lado da outra.O diagnóstico foi feito quando Hazel Jones teve  um problema de menstruação anormal. Seu primeiro namorado sério também notou que a anatomia da garota era meio diferente.
Por conta disso, Hazel sofreu o que toda mulher sofre… Em dobro. Perdeu a virgindade duas vezes, e, por possuir dois úteros separados e dois colos de útero, precisa fazer dois exames de Papanicolau sempre que vai ao ginecologista. Hoje, com 27 anos, ela garante que não se constrange mais com sua estranha condição: decidiu manter as duas vaginas e até usa esse assunto para se enturmar em festas: “Se alguma mulher fica curiosa, não tenho problema nenhum em mostrar”, afirmou. A foto das vaginas a gente não publicou porque não encontramos só meninas podem ver.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Quem inspirou a Mona Lisa?



            Existem muitas hipóteses e nenhuma certeza sobre quem teria sido a verdadeira dona daquele famoso e enigmático meio sorriso - se é que ela realmente existiu. A versão mais difundida sustenta que um rico cidadão de Florença, Francesco Del Giocondo, teria encomendado a Leonardo Da Vinci (1452-1519) um retrato da sua esposa, Lisa di Antonio Maria Gherardini, em 1503. É possível que o rosto da Mona Lisa seja o mesmo da esposa de Del Giocondo, o que explicaria o outro nome dado à pintura: Gioconda. Conta-se, também, uma história um pouco diferente: "A senhora Gherardini teria sido o grande amor de Giuliano de Medici (1479-1516), irmão do papa Leão X. O fato de ela ser casada tornava tal amor impossível, mas, segundo essa lenda, o quadro teria sido encomendado por Giuliano e não pelo marido dela", diz a historiadora da arte Daisy Peccinini, da USP. Existe ainda uma terceira teoria, segundo a qual a Mona Lisa seria, na verdade, um auto-retrato do pintor quando jovem. Um detalhe que torna essa história toda ainda mais intrigante é a semelhança entre a Gioconda e a Nossa Senhora retratada em Sant’Ana, a Virgem e o Menino (1508-1510), obra posterior, que era a preferida de Da Vinci. O que leva a crer que ele poderia ter se inspirado na senhora Gherardini para depois criar uma imagem própria de beleza da sua musa mais famosa.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Como agem os bronzeadores?



            Esses produtos prometem uma pele morena se baseando em três fatores. Primeiro, eles fazem a luz do Sol penetrar na pele devagarinho, barrando parte da radiação. É o mesmo princípio dos filtros solares, mas com uma intensidade bem menor. Enquanto nos filtros o fator de proteção é 15 ou 30, por exemplo, num bronzeador ele é de 2 ou 4 - o que significa que, se você estiver usando o produto, dá para ficar duas ou quatro vezes mais tempo debaixo do Sol que se estivesse com a pele desprotegida. O segundo princípio do bronzeador é lubrificar a pele. "Isso evita que ela descasque e faz com que a cor do verão dure mais tempo", diz o dermatologista Luiz Carlos Cuce, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. O terceiro segredo é a fórmula rica em betacaroteno, um pigmento que tinge a camada superficial da pele, aumentando a impressão de que ela ficou morena. "Essa substância se deposita na epiderme dando uma coloração dourada que se mistura à do bronzeado real", afirma a dermatologista Nina Rosa Rigoni, de São Paulo. Outro tipo de produto parecido, mas com uma ação diferente, é o creme de bronzeamento automático, também conhecido como autobronzeador. Quem passa o creme no corpo tem a pele escurecida por um tipo de açúcar, a dihidroxiacetona (DHA). Quando essa substância interage com a superfície da pele, as células ganham instantaneamente um tom amarronzado. É como se fosse uma camuflagem provisória, garantindo uma cor morena mais intensa que a dos bronzeadores comuns. O grande problema é que o tal creme precisa ser reaplicado a cada três dias. Conforme o corpo se livra das células mais antigas da camada externa da pele, o bronzeado de laboratório também cai por terra. Uma coisa é certa: nem os bronzeadores tradicionais nem os automáticos protegem contra queimaduras. Por isso, mesmo que você já saia de casa com a pele morena, nem pense em economizar no filtro solar.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Como é avaliada a qualidade da água nas praias brasileiras?



         De uma forma bem simples: os biólogos retiram amostras da água do mar, contam o número de bactérias fecais no líquido e determinam se a praia está segura para um mergulho. Pode parecer nojento, mas examinar os microorganismos que sobrevivem no nosso cocô é a melhor maneira de dizer se a água de uma praia está poluída a ponto de prejudicar a saúde dos banhistas. Geralmente, os germes que servem de base para essas medições são coliformes, bactérias do gênero Enterococcus ou a bactéria Escherichia coli. Esses três tipos de microorganismos não causam doenças, mas, por serem comuns nas fezes humanas, são fáceis de identificar em testes e costumam ter ciclos de vida parecidos aos dos microorganismos nocivos que podem surgir no esgoto. Um detalhe importante é que a avaliação da qualidade das praias leva em conta o resultado de cinco medições semanais. Se a quantidade de bactérias fecais superar o limite em pelo menos duas medições, a praia é declarada imprópria (veja detalhes no infográfico). "Isso quer dizer que a classificação das águas do litoral indica uma tendência para a praia, e não um resultado instantâneo", afirma a bióloga Cláudia Lamparelli, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), entidade que monitora as condições das praias paulistas. Uma praia também pode ser considerada imprópria em outras situações especiais, como em derramamentos de petróleo e contaminações por algas tóxicas, por exemplo. Quem arrisca um mergulho numa praia emporcalhada pode pegar uma série de doenças, principalmente se engolir um pouco de água. O problema mais freqüente é a gastroenterite, que causa febre, vômitos e diarréias. Para evitar essa dor de cabeça, confira na imprensa ou nos órgãos ambientais de cada estado a saúde da sua praia e respeite duas dicas: primeiro, fuja dos banhos próximos aos rios que deságuam na praia. Só para dar uma idéia, 80% dos cursos d’água de São Paulo recebem esgotos não tratados. Segundo, não entre no mar até 24 horas depois de um temporal, porque a enxurrada lava o solo urbano e carrega todo tipo de sujeira para a água.
Mergulhe nessa
Na internet:
www.cetesb.sp.gov.br/Agua/agua_geral.asp
www.feema.rj.gov.br/classificacao_das_praias.htm
Teste nojentoPara garantir um mergulho seguro, os biólogos contam quantas bactérias do cocô há no mar
SUPERPOPULAÇÃO NA MIRA
Em geral, os órgãos estaduais avaliam apenas as praias com alguma suspeita de poluição — lugares desertos ou sem rios sujos, por exemplo, têm risco zero e não entram na lista. O alvo principal são as praias urbanas: as maiores têm mais de um ponto de coleta, e as mais cheias costumam ser avaliadas constantemente durante as férias
PERIGO NA AREIA
Na areia, a poluição não se distribui uniformemente como no mar — uma área batizada por um cachorro, por exemplo, é muito mais perigosa. De concreto, os biólogos sabem que os poluentes mais comuns são as bactérias fecais, as mesmas que aparecem na água. Normalmente, a areia fofa e seca é mais suja que a areia dura próxima ao mar, região lavada pela água
INIMIGOS FRÁGEIS
Vírus e bactérias nocivos que aparecem no esgoto têm vida curta no mar. Por causa da água fria, da salinidade e da ação do Sol, esses microorganismos sobrevivem no máximo por oito horas no oceano. É pouco, mas se o ambiente estiver repleto de germes, pode ser o suficiente para "premiar" o banhista com uma desagradável diarréia, ou mesmo uma doença grave, como hepatite, por exemplo
1. O primeiro passo para medir a qualidade da água de uma praia é definir um local para coletar as amostras de líquido. Para conseguir uma avaliação precisa, biólogos visitam as praias todo domingo, o dia em que elas estão mais cheias, e fazem a coleta no ponto mais procurado para os banhos
2. Com o ponto de coleta definido, um técnico entra no mar e retira um frasco com 250 mililitros de água. Geralmente, a coleta é feita a 1 metro de profundidade, região em que a água fica mais ou menos na cintura de um adulto. Essa é a área que a maior parte das pessoas escolhe para se refrescar
3. Da praia, os frascos d’água seguem direto para a análise. No laboratório, os biólogos vão usar nutrientes para fazer crescer os microorganismos presentes na água. Depois de 22 a 26 horas, eles contam a quantidade de bactérias fecais que aparecem na cultura. Em geral, o teste é realizado com coliformes fecais, a bactéria mais freqüente no esgoto. A quantidade total desses germes é que determina a "nota" final de uma praia: quanto menos coliformes, melhor!
4. A etapa final é a divulgação dos resultados, enviados para a imprensa e indicados em cada praia com bandeiras nos pontos de coleta. A classificação leva em conta cinco medições semanais: nesse período, se forem encontrados mais que 1 000 coliformes a cada 100 mililitros de água em pelo menos dois exames, a praia é considerada imprópria.